quarta-feira, 30 de junho de 2010

Apresento o projeto literaterras da UFMG que tem sido nosso parceiro nas pesquisas da tradição:


"Literaterras - as terras do literário e sua cartografia, litorais, bordas, territórios do imaginário. São esses os mapas que se querem delinear, com seus sulcos, regiões do já sabido, nomeadas, tradicionais, e, mais ainda, as estranhas margens, onde emergem letras outras, com novo bordado, de viés". Esse trecho das páginas iniciais do livro Literaterras: as bordas do corpo literário pode ser usado como emblema conceitual do grupo de pesquisa Literaterras: escrita, leitura, traduções, criado em março de 2003 pelos professores César Guimarães (Depto de Comunicação Social da FAFICH), Georg Otte (FALE), Lúcia Castello Branco (FALE), Maria Esther Maciel de Oliveira Borges (FALE), Maria Inês de Almeida (FALE), Rosângela Pereira de Tugny (Escola de Música) e Ruth Junqueira Silviano Brandão (FALE) e pela antropóloga e escritora Betty Mindlin.

Metas:
- Traduzir e divulgar autores brasileiros na França, na Itália e no México, considerando a experiência poética de forma abrangente, incluindo processos coletivos de produção literária (por exemplo, a produção indígena do Brasil e do México).
- Estimular a produção conjunta de estudos críticos sobre autores brasileiros, e sobre experiências literárias ainda não historiografadas, considerando questões das passagens culturais.
- Divulgar e traduzir autores franceses, portugueses, mexicanos e italianos no Brasil, assim como produzir estudos críticos, considerando sempre as passagens culturais.
- Pensar interdisciplinarmente a experiência poética.
- Pensar a tradução como passagem cultural, temporal, destacando as questões da resistência e das relações entre oralidade e escritura
- Subsidiar, a partir de um desenvolvimento específico de teorias sobre a base poético-tradutória das relações interculturais, a elaboração de um Programa Institucional da UFMG para as Populações Indígenas (cf. Portaria de 26/12/2001, da Reitoria da UFMG, sobre a criação de uma comissão para tomar iniciativas no sentido deste objetivo)
- Organizar uma antologia multilíngüe (língua indígena, português, francês, italiano, espanhol) da literatura indígena contemporânea no Brasil para a "Coleção UNESCO de obras representativas das literaturas nacionais". Esta coleção da UNESCO contém, por exemplo, antologias organizadas por Léon Portilla (México) e Barreiro Saguier (Paraguai). Contatos foram feitos, em 1998, com o Sr. Mauro Rosi, da Divisão Editorial e de Direitos da UNESCO/ Paris (em carta de 5/9/98 - référence: UPO/D/MR/98/10 - o então responsável pelo setor de publicações concordou em receber os originais para avaliação) e com o Sr. Lauro Moreira, então diretor-geral do Departamento Cultural do Ministério de Relações Exteriores do Brasil (que em carta de 16/10/98 pede o envio do projeto de edição). As negociações deverão ser retomadas.

As reflexões conjuntas, na busca da realização destas metas, geraram propostas de execução de encontros e laboratórios de experiências literárias, traduções e passagens culturais, em colaboração com as universidades Nova de Lisboa (Portugal), degli Studi di Siena (Itália), Pedagógica Nacional (México). Temos atualmente trabalhado para criar as oportunidades desses laboratórios, elaborando propostas de cooperação com a Universidade Nova de Lisboa, através do Instituto de Ciências Humanas (responsável: Prof. Dr. João Barrento) e com a Universitá degli Studi di Siena, através do Centro Interdipartimentale di Studi sull'America Indigena (responsável: Prof. Dr. Luciano Giannelli).

(fonte: site UFMG)

Um comentário:

  1. Aí, Txaitá Ibã, gostei. Sabe que me lembrei da calça xadrez com que eu ia dar aulas no Parque do Rio Doce pra turminha dos seus parentes aqui de Minas Gerais.
    Que saudade de você!Dê notícias.
    abraço
    ines

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